Jiraya Uai e Vinicius Cavalcante: saiba quem são os DJs goianos de eletrofunk que fazem sucesso entre famosos


Artistas ganham o país tocando o ritmo goiano que mistura funk e música eletrônica. Conheça a história dos DJs que começaram tocando quase de graça e caíram no gosto do público. Jiraya Uai e Vinicius Cavalcante: saiba quem são os DJs goianos de eletrofunk
Um movimento goiano. A mistura do beat da música eletrônica e a batida do funk. Este é o eletrofunk. Com raízes nas festas de som automotivo, o ritmo saiu da cena goiana e faz sucesso nacionalmente em festivais e shows. Nas ruas, alguns nomes brilham os olhos dos amantes do estilo, entre eles, os DJs Vinicius Cavalcante e Jiraya Uai. Conheça agora um pouco da história do ritmo e dos artistas.
“O eletrofunk representa tudo, é algo novo, traz felicidade, é uma junção do house, com o funk, que é nosso, e claro, com o tempero goiano”, disse Jiraya, ao g1.
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Jiraya Uai chama a atenção com seu estilo. Chapéu de cowboy, óculos estilo juliete e alargadores. O show é um espetáculo à parte e conta com a participação de dançarinos fantasiados. O maior do artista reuniu 60 mil pessoas. O “Jonny”, como chama seus fãs, foi convidado para tocar no aniversário da neta de Silvio Santos.
“Vejo o eletrofunk com expansão mundial. Fiz uma turnê na Europa, a galera gostou demais, os gringos ficaram apaixonados. Em dezembro vou fazer uma turnê nos Estados Unidos. É algo novo, que vai abraçar o mundo todo, muita gente vai conhecer e gostar”, disse Jiraya.
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Vinicius Cavalcante também não deixa barato e usa de todos os artifícios possíveis para levantar o público em seus shows. Dançarinos, fumaça e muita luz incrementam a experiência. Mas no início, Vinicius trabalhou como “faz tudo” em uma empresa de som automotivo até ter seus talentos notados.
“Desde molequinho tive um sonho de ser DJ, só que eu era muito tímido. Só tinha minhas musiquinhas guardadas. Aí os colegas de trabalho iam testar os carros de som, sabiam que eu tinha as músicas e pediam pra eu colocar meu pendrive pra testar o carro. Nisso, os vídeos iam espalhando”, contou Vinicius .
Jiraya Uai e VInícius Cavalcante, DJs de eletrofunk em Goiânia, Goiás
Reprodução/Redes Sociais
“É o Vinicius Cavalcante, tá vida?”
Nascido em Anápolis, Vinicius Cavalcante tem 25 anos. Nos palcos profissionalmente, ele está desde 2015. Apaixonado por som automotivo, ele já morou em Alagoas com a avó, mas decidiu ir para Goiânia realizar seus sonhos. Bateu na porta de uma empresa famosa de instalação de sons e conseguiu seu emprego.
Dos testes com pendrives aos palcos, foram alguns anos. Os vídeos do DJ começaram a circular na internet e seus amigos o incentivaram a entrar de fez na carreira artística.
“Eu tinha muito medo, muita vergonha, porque eu era DJ de computador, DJ em casa, não sabia tocar. DJ de paixão. Eu conheci um cara que acreditou no meu potencial, que viu que eu tava desperdiçando o tempo da minha vida. Investiu em mim e fez minha cabeça pra eu cair de cara nisso, sair dos empregos que eu tava. Paguei um curso de DJ pra aprender a tocar mesmo, até então eu era amador”, disse.
Após muito estudo, Vinicius disse que conseguiu notoriedade a partir de 2018. De lá para cá, trabalho e muita música, mas não foram apenas flores até se consolidar no meio artístico.
“Muitas vezes toquei de graça, cachêzinho de R$ 200. Até que na pandemia, aquela triste pandemia, nós tivemos que procurar outras formas de sobreviver. Na pandemia, estourou o eletrofunk que todo mundo conhece, já existia, a gente tocava bem menos, só que estourou”, relembrou.
“E ai, Jonnys?”
Até chegar ao público de 60 mil pessoas, que aconteceu em um show de Trindade, na Região Metropolitana, Andrew Bonfim, de 26 anos, conhecido como Jiraya, tocava “house”. Na época, ele fazia uma parceria com o DJ Wam Bater, hoje também conhecido pelo eletrofunk.
No ritmo, Jiraya disse que começou após a pandemia. O nome surgiu após uma brincadeira entre amigos, que ele não se lembra com detalhes. Nascido em Goiânia, ele já chegou a tocar apenas para seu contratante, por falta de público.
“Já cheguei a tocar para segurança, festa que tipo assim deu ninguém. Eu toquei pro contratante, pro segurança e pessoal do bar. Não deu gente no início. Eu pirei nesse cara [o contratante]. Eu fiquei viajando nessa ideia, nunca vou esquecer desse dia”, falou.
Seu hit mais bombado nas plataformas de música é “Olha o Trem”, que já começa com o som marcante de uma locomotiva. Antes disso, a primeira canção a estourar foi “Batatinha”, com MC Jacaré e DJ Wam Baster.
Fã dos Mamonas Assassinas, Jiraya se inspira na banda para levar um pouco da “loucura” deles aos palcos. Avaliando sua carreira, ele se emociona ao relembrar de tudo que passou.
“Hoje eu passo meio que um flashback. Eu to tocando e eu volto no tempo, vejo como que era, fico viajando nessa ideia e me sinto realizado, cada vez mais, eu acho que o céu é o limite”, finalizou.
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