‘Fica a sensação de que a morte poderia ter sido evitada’, diz Sâmia Bomfim sobre prisão de miliciano que era alvo de traficantes que executaram médicos por engano no Rio


Irmão da deputada foi morto na execução que matou três no começo de outubro na Barra da Tijuca A deputada federal Sâmia Bomfim se manifestou sobre a prisão do miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa nesta terça-feira (31). Taillon seria o alvo de traficantes que, por engano, executaram médicos na orla da Barra da Tijuca, no início de outubro.
“Pra nossa família é muito doloroso ver a notícia da prisão tardia de Taillon. Fica a sensação, ou a ilusão, de que o assassinato do Diego e dos outros médicos poderia ter sido evitada”, disse.
A mensagem que o blog recebeu da deputada ainda diz: “o Rio de Janeiro está em grande parte dominado por organizações criminosas, que amedrontam e controlam a vida de milhões de pessoas. Sabemos que a prisão de uma liderança isoladamente não resolve o problema estrutural e generalizado, pois o poder do Estado se confunde com o poder de fogo desses grupos.”
Taillon sentado no meio-fio durante abordagem da PF na Barra da Tijuca
Reprodução
Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e seu pai, Dalmir Barbosa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Os dois foram presos por suspeita de chefiar a milícia de Rio das Pedras. Novos mandados de prisão foram expedidos pela Justiça.
Além de Taillon, três homens – dois policiais militares e um militar da ativa que faziam a segurança dele, foram presos em flagrante por organização criminosa.
O g1 apura o motivo da prisão nesta terça-feira.
Leia a íntegra do posicionamento:
“Pra nossa família é muito doloroso ver a notícia da prisão tardia de Taillon. Fica a sensação, ou a ilusão, de que o assassinato do Diego e dos outros médicos poderia ter sido evitada… Ao mesmo tempo, sabemos que a tragédia que acometeu nossa família infelizmente não é um fato isolado. O Rio de Janeiro está em grande parte dominado por organizações criminosas, que amedrontam e controlam a vida de milhões de pessoas. Sabemos que a prisão de uma liderança isoladamente não resolve o problema estrutural e generalizado, pois o poder do Estado se confunde com o poder de fogo desses grupos. As Instituições, que deveriam ser a solução, infelizmente se apresentam como parte do problema.
Nada vai trazer nosso querido Diego de volta. Mas é muito importante que o Brasil se livre dessa lógica para que nenhuma outra família passe pelo pesadelo que estamos passando”.
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