Duailibi: com Braga Netto fora da disputa pela prefeitura do Rio, bolsonaristas vão focar em fazer bancada na Câmara Municipal


O TSE tornou Braga Netto inelegível por abuso de poder político ao usar as comemorações oficiais do 7 de Setembro de 2022 para fins eleitorais. O general ainda pode recorrer da decisão Duailibi: Com Braga Netto inelegível, o bolsonarismo vai se reorganizar no Rio focar em fazer bancada na Câmara Municipal
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o vice na chapa, Braga Netto, também foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e agora está inelegível. A maioria dos ministros entendeu que Bolsonaro e Braga Netto cometeram abuso de poder político ao usar as comemorações oficiais do 7 de Setembro de 2022 para fins eleitorais.
O general vinha sendo cotado pelo campo bolsonarista para a prefeitura do Rio de Janeiro na eleição de 2024. Para a comentarista Julia Duailibi, com o militar fora da corrida, a ideia da base de Bolsonaro na cidade é fazer bancada na Câmara Municipal.
“Mais do que ter um candidato que possa, eventualmente, vencer o prefeito atual que vai disputar a reeleição, Eduardo Paes (PSD), é ter um nome forte que consiga fazer uma bancada forte, a exemplo do que aconteceu no Congresso, em 2022, quando o PL teve a maior bancada eleita”, analisa a jornalista.
O placar foi de 5 a 2 pelas inelegibilidades dos dois políticos. Os dois também vão pagar multas no valor de R$ 425,6 mil e R$ 212,8 mil, respectivamente.
“Já estava super em campanha pelo seu partido, o PL. Fazendo manifestações nas suas redes sociais, já com o cunho político. Agora, o bolsonarismo ter que se reorganizar no Rio de Janeiro, que é uma cidade em que ele é forte, o bolsonarismo é forte”, acrescenta Duailibi.
General Braga Netto durante coletiva após decreto de intervenção federal na segurança do RJ
Beto Barata/Presidência da República
Segundo a jornalista, alguns oficiais da ativa se incomodam sobre como polêmicas recentes envolvendo membros das Forças Armadas atuando no campo político refletem na imagem dos militares.
“Tudo isso cria um caldo ruim para os militares. Conversando com quem está na ativa hoje, acham que foi um processo ruim, tanto que tem no Senado a discussão de uma PEC para tentar limitar, pelo menos do ponto de vista eleitoral, a participação deles. Quer disputar a eleição? Tem que sair da carreira militar”, completa
Bolsonaro e Braga Netto podem recorrer da decisão no próprio TSE e também no STF, se entenderem que houve violação da Constituição no julgamento.
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