População LGBTQIA+ enfrenta maiores dificuldades para se preparar para a aposentadoria


Muitos deixam o mercado de trabalho precocemente e encaram o dobro de situações de preconceito em comparação com outros indivíduos da mesma idade Preparar-se para a aposentadoria é complicado para qualquer um, mas pode ser especialmente desafiador para a comunidade LGBTQIA+. Embora faltem dados no Brasil, a realidade norte-americana nos serve de bússola. De acordo com estudo realizado pelo Conselho Nacional do Envelhecimento (NCOA), nos EUA – e que também foi objeto de longa reportagem em The Conversation – essas pessoas deixam o mercado de trabalho mais cedo e têm mais dificuldade para pagar despesas de saúde, além de enfrentar o dobro de situações de preconceito em comparação com indivíduos da mesma idade.
Manifestação em prol dos direitos LGBTQIA+: grupo tem mais dificuldades para se preparar para a aposentadoria
Naeim para Pixabay
As pessoas LGBTQIA+ acima dos 60 anos afirmam estar encarando reveses financeiros que terão impacto em seu bem-estar a longo prazo. Uma em cada três havia abandonado o emprego por questões de saúde; e uma em cada seis havia sido “forçada” a sair de cena e se aposentar.
O número de proprietários de imóveis também era menor entre os LGBTQIA+, enquanto o contingente com problemas para pagar aluguel, contas – ou dependendo de serviços de assistência do governo – era maior.
Há cerca de 20 milhões de norte-americanos que se declaram LGBTQIA+, o equivalente a 8% dos adultos. A perspectiva de um envelhecimento dessa população comprometido pela discriminação e pelas más condições financeiras resultará em forte impacto social.
Ainda segundo a pesquisa, boa parte dos que se identificam como LGBTQIA+ foi vítima de preconceito quando procurava algum serviço de saúde. As reclamações mais frequentes eram de que suas queixas não eram levadas em consideração e de que eram responsabilizados por suas doenças. Nos EUA, como aqui, a maioria dos idosos não têm qualquer reserva. Entre os americanos acima dos 60, 80% não poderiam pagar uma instituição de longa permanência, nem arcar com os custos de uma enfermidade.
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